Como ressalta o sacerdote Jose Eduardo Oliveira e Silva, São João Bosco compreendeu que educar é “cooperar com a graça” para que a juventude floresça em liberdade e responsabilidade. Em um cenário de pressões digitais, insegurança afetiva e desigualdades, o carisma salesiano permanece atual e fecundo.
Se o seu propósito é organizar uma pastoral educacional que una escola, família e paróquia, continue a leitura. Descubra por que o Sistema Preventivo de Dom Bosco, alicerçado em razão, religião e amor educativo, transforma ambientes, pacifica relações e conduz adolescentes a escolhas maduras na fé.
Quem foi Dom Bosco e por que seu método permanece atual?
João Bosco (1815–1888) dedicou a vida à juventude mais vulnerável, especialmente aos que viviam nas periferias de Turim. Como comenta o teólogo Jose Eduardo Oliveira e Silva, seu método surge da contemplação de Jesus Bom Pastor e do encontro concreto com jovens feridos por carências materiais e afetivas. Em conformidade com essa visão, educar não é “domar condutas”, e sim despertar o melhor de cada pessoa por meio de vínculos de confiança, presença constante e propostas claras.

O Sistema Preventivo rejeita o castigo como primeiro recurso. Assim sendo, antecipa-se às quedas com ambientes saudáveis, regras compreensíveis e alegria partilhada, favorecendo que o jovem experimente a beleza do bem antes de ser seduzido pelo erro.
Pilares do Sistema Preventivo: Razão, religião e amor educativo
Sob o ponto de vista do filósofo Jose Eduardo Oliveira e Silva, a razão educa o juízo, a religião ordena o coração e o amor educativo sustenta a perseverança. Em harmonia com Dom Bosco, autoridade e afeto caminham juntos: o educador explica o porquê das normas, testemunha coerência e acompanha de perto.
Atividades esportivas, música, teatro e oficinas tornam-se meios pedagógicos. Outrossim, a catequese querigmática, a confissão frequente e a Eucaristia dominical consolidam a maturidade espiritual. Desse modo, a escola deixa de ser apenas transmissora de conteúdos e passa a ser comunidade educativa e evangelizadora.
Presença que educa: O pátio como lugar teológico
De acordo com o Pe. Jose Eduardo Oliveira e Silva, educar “à maneira de Dom Bosco” significa permanecer junto. A presença do adulto em pátios, corredores e redes sociais, com proximidade prudente, previne conflitos e acolhe fragilidades. Em vista disso, o pátio torna-se lugar teológico, onde se aprende a amizade, a competição leal e a reconciliação rápida.
Pequenos gestos sustentam a cultura do encontro: cumprimentar pelo nome, escutar sem pressa, celebrar conquistas, corrigir com mansidão. Portanto, a disciplina nasce de vínculos e não de medo.
Pastoral juvenil integrada: Passos e critérios de qualidade
À vista de resultados duradouros, convém planejar um caminho em etapas. Primeiro, acolher quem chega, com equipe de recepção e escuta fraterna. Depois, propor itinerários de formação humana e cristã adequados a cada idade. Em seguida, acompanhar com tutores e encontros breves semanais. Por fim, enviar para serviços solidários, esportes inclusivos e missões locais.
Além disso, indicadores simples ajudam a medir o que importa: assiduidade, melhora de convivência, participação sacramental, engajamento em voluntariado e relatos de reconciliação familiar. Assim, a escola se torna laboratório de virtudes e a paróquia, casa de portas abertas.
Espiritualidade da alegria: Oração, amizade e serviço
Segundo o sacerdote Jose Eduardo Oliveira e Silva, a santidade juvenil passa pela alegria que nasce da amizade com Deus. Logo, oratórios festivos, adoração breve e frequente, terço jovem, retiros anuais e direção espiritual acessível sustentam o coração. Grupos de serviço, visitas a enfermos e campanhas solidárias convertem a fé em caridade.
Desse modo, o clima escolar torna-se mais leve, e o rendimento melhora porque a paz interior favorece atenção, resiliência e colaboração. Oração que desemboca em serviço cura cinismos e acende esperança.
Educar para a liberdade que ama
São João Bosco mostra que educar é amar primeiro, explicar com clareza e acompanhar com paciência. Razão, religião e amor educativo compõem uma tríplice corda que não se rompe. Dessa forma, escolas, famílias e paróquias convergem para o mesmo bem: formar jovens livres para o bem, competentes no estudo, generosos no serviço e firmes na fé. Em última análise, quando a educação se faz oração, amizade e missão, o futuro deixa de ser ameaça e se torna promessa. Enquanto a comunidade se alegra ao ver crescer, discretamente, a santidade possível no pátio, na sala e no altar.
Autor : Igor Kuznetsov



