A pandemia da COVID-19 trouxe mudanças profundas na vida de bilhões de pessoas ao redor do mundo. Segundo o médico Gabriel Naves Torres Borges, além dos impactos diretos na saúde física, as consequências psicológicas também foram severas, afetando a forma como nos relacionamos, trabalhamos e vivemos. A seguir, veremos com mais detalhes esse impacto da pandemia nas pessoas e as possíveis soluções para suas consequências.
Como a pandemia afetou a saúde mental de forma imediata?
Nos primeiros meses da pandemia, a mudança repentina no estilo de vida gerou um impacto imediato na saúde mental de muitas pessoas. O isolamento social, necessário para conter a propagação do vírus, acabou causando um sentimento de solidão em milhões de indivíduos. Para aqueles que já tinham dificuldades emocionais, o distanciamento físico de amigos, familiares e redes de apoio agravou ainda mais esses problemas, gerando crises de ansiedade, insônia e até episódios depressivos mais severos.
Ademais, o medo constante de contrair a COVID-19 ou perder entes queridos para a doença elevou os níveis de estresse e angústia. As incertezas quanto à duração da pandemia, o impacto econômico e as mudanças no trabalho, como a adaptação ao home office, também contribuíram para um aumento significativo da pressão psicológica. Esse cenário, marcado pela incerteza e pelo isolamento, acabou sobrecarregando o bem-estar mental de muitas pessoas ao redor do mundo, conforme frisa o doutor Gabriel Naves Torres Borges.
Os efeitos prolongados da pandemia na saúde psicológica
Conforme a pandemia avançava, ficou claro que seus efeitos na saúde mental se prolongariam. O estresse agudo dos primeiros meses deu lugar a uma sensação persistente de cansaço emocional, conhecida como “fadiga pandêmica”. Pessoas que conseguiram manter algum equilíbrio mental durante o início da crise começaram a sentir o peso prolongado da situação, o que resultou em casos crescentes de burnout, transtornos de humor e distúrbios do sono.
Além disso, aqueles que enfrentaram perdas pessoais ou financeiras durante a pandemia, ou que foram diretamente impactados pela doença, continuam enfrentando sintomas de trauma e luto até hoje. O desgaste emocional acumulado, associado a um sentimento de impotência diante da situação, fez com que o impacto psicológico da COVID-19 demandasse uma atenção especial mesmo após o controle do vírus, como expõe o médico Gabriel Naves Torres Borges.
Como os desafios da saúde mental pós-pandemia estão sendo enfrentados?
A conscientização sobre a importância de buscar apoio psicológico aumentou, e, como resposta, muitos países começaram a expandir o acesso a serviços de saúde mental. Terapias online, linhas de apoio emocional e campanhas de conscientização têm sido amplamente adotadas, oferecendo uma forma acessível de suporte para aqueles que ainda estão lutando com os efeitos da pandemia.
De acordo com o Dr. Gabriel Naves Torres Borges, também é importante que cada pessoa adote práticas saudáveis para cuidar de sua saúde mental. Desse modo, estabelecer uma rotina equilibrada, que inclua momentos de lazer e autocuidado, pode ajudar a aliviar os efeitos do estresse. Buscar atividades que promovam o bem-estar, como exercícios físicos, meditação ou hobbies, também são formas eficazes de combater os impactos negativos deixados pela COVID-19 no campo emocional.
Impactos duradouros que ainda precisam ser tratados
Em suma, o impacto da COVID-19 na saúde mental foi profundo e, em muitos casos, duradouro. O aumento dos casos de ansiedade, depressão e estresse trouxe à tona a necessidade urgente de prestar mais atenção à saúde psicológica, tanto individualmente quanto em nível social. Portanto, com a retomada da vida normal, é essencial que os esforços para apoiar o bem-estar mental continuem, garantindo que as cicatrizes emocionais deixadas pela pandemia sejam tratadas com a devida atenção. Afinal, cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo.