Empresas em perigo: Brasil registra saldo positivo na abertura de empresas, mas a maioria não passa de 3 anos
O Brasil vive um momento de incerteza no mundo dos negócios. Apesar de registrar um saldo positivo na abertura de empresas em 2023, com 2,1 milhões de CNPJs a mais do que o número de empresas fechadas, a realidade é que a maioria dessas empresas não sobrevive por muito tempo. Mais da metade (51,15%) das empresas brasileiras não duram nem 3 anos, e após 5 anos, essa taxa sobe para quase 89%.
Isso significa que, a cada ano, milhares de empresas brasileiras fecham suas portas, deixando um rastro de sonhos desfeitos e dívidas. A situação é ainda mais grave para os empreendedores, que muitas vezes colocam tudo o que têm em seus negócios, apenas para ver tudo ruir em poucos anos.
Por que tantas empresas fecham?
Os motivos para o alto índice de mortalidade empresarial no Brasil são diversos e complexos. Entre os principais desafios estão:
- Falta de acesso ao crédito: Conseguir financiamento é um dos maiores obstáculos para os empreendedores brasileiros. As taxas de juros são altas e os processos burocráticos são complicados, o que dificulta o acesso ao capital necessário para investir no negócio.
- Falta de planejamento financeiro: Muitos empreendedores não têm um plano financeiro claro para seus negócios. Isso pode levar a problemas como dívidas, falta de capital de giro e inadimplência.
- Falta de mão de obra qualificada: Encontrar funcionários qualificados é outro desafio para as empresas brasileiras. A educação no país ainda não prepara os jovens para o mercado de trabalho, o que gera uma escassez de mão de obra qualificada.
- Concorrência desleal: A concorrência no mercado brasileiro é muito grande, e muitas empresas recorrem a práticas ilegais para se manterem competitivas. Isso prejudica as empresas honestas e dificulta a sobrevivência dos pequenos negócios.
O que pode ser feito?
Para reduzir o índice de mortalidade empresarial no Brasil, é preciso que o governo e a iniciativa privada tomem medidas conjuntas. Algumas sugestões são:
- Facilitar o acesso ao crédito: O governo precisa criar programas que facilitem o acesso ao crédito para os empreendedores, com taxas de juros mais baixas e processos burocráticos mais simples.
- Incentivar o empreendedorismo: É preciso criar programas de incentivo ao empreendedorismo, que ofereçam orientação, capacitação e apoio financeiro aos novos negócios.
- Melhorar a educação: O governo precisa investir em educação de qualidade, que prepare os jovens para o mercado de trabalho e desenvolva suas habilidades empreendedoras.
- Combater a concorrência desleal: As autoridades precisam punir com rigor as empresas que utilizam práticas ilegais, como sonegação de impostos e trabalho escravo.