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Mais um mega M&A no petróleo: ConocoPhillips compra Marathon Oil por US$ 22,5 bi

Transação se soma à onda de consolidação entre petroleiras americanas, na busca por ativos na Bacia do Permian e no Golfo do México

As projeções de que o petróleo poderia chegar a US$ 100 por barril não se concretizaram, mas a volatilidade no mercado não está sendo um empecilho para o movimento de consolidação no setor.

Nesta manhã, a ConocoPhillips anunciou que está comprando a Marathon Oil, por US$ 22,5 bilhões, incluindo dívidas. A megaoperação se soma à compra da Pioneer Natural Resources pela Exxon Mobil, por US$ 60 bilhões e a fusão entre a Chevron e a Hess, por US$ 53 bilhões.

A onda de M&As vem num momento em que as gigantes americanas estão registrando lucros recordes, e aproveitando a geração de caixa para expandir suas operações, de olho principalmente nos prósperos — e fragmentados – campos de xisto da chamada bacia do Permian.

De acordo com a Reuters, houve US$250 bilhões em atividades de fusões e aquisições no setor no ano passado.

Na transação anunciada hoje, a ConocoPhillips está pagando US$ 17 bilhões em equity, numa troca de ações que embute um prêmio de quase 15% sobre o preço de fechamento da Marathon no pregão de ontem. Com a notícia, o papel saltava 8,73% nesta manhã. Os US$ 5,5 bilhões restantes vem na forma de assunção de dívidas.

De acordo com a compradora, a aquisição aprofunda o portfólio, adicionando 2 bilhões de barris e ajudará a expandir sua presença em xisto. De acordo com o Financial Times, a ConocoPhillips venceu uma oferta feita pela Devon Energy.

A aquisição vem meses depois de a Conoco perdeu a batalha pela Endeavor Energy Resources, uma das produtoras privadas mas visadas na Bacia do Permian e no Novo México, para a Diamondback.

O CEO da Conoco, Ryan Lance, já vinha falando sobre seu desejo de expansão.

“Nossa indústria precisa de consolidar. Há muitos players. Escala importa, diversidade importa nesse negócio”, disse em entrevista à CNBC em março.

A aquisição da Marathon é a maior da Conoco desde que ela comprou a Concho Resources por US$ 10 bilhões em 2021, se aproveitando da recessão causada pela Covid.

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